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HISTÓRIA DO DESIGN 1: O DESIGN E A CULTURA MATERIAL - COMO OBJETO E A MODA INFLUENCIAM O SER HUMANO


Quando nos referimos ao objeto, nós estamos falando da cultura material. A cultura material é a relação afetivo-emocional que objeto transmite através de sua tangibilização (que pode ser tocado) e aspecto visual que contemplam sua interação. No design gráfico não é admitido a tangibilização, pois uma imagem por mais que transmita uma ideia e possa ser palpável por um dispositivo (livro, revista, papel, jornal...) ele não tem a tridimensionalidade, a forma, a textura, a temperatura que é conferida no objeto. O que define o objeto?




O objeto é definido pela sua aplicação e senso de utilidade. A partir do momento que é concebido um objeto (artefato) nós estamos produzindo algo que será utilizado. É isso que define a cultura material, onde determina a cultura de um povo e as relações entre o homem e o objeto. No mundo atual a cultura de consumo desenfreado em um modelo capitalista onde o objeto tem mais importância pela marca como sinal gráfico de valorização e status pela moda do que a função prática do objeto.

De uns 25 anos atrás até os tempos atuais o mundo cada vez mais valoriza e fideliza as marcas que tenham compromissos ambientais para continuarmos no ciclo do impulso que é um processo natural humano, já que o consumo é intrínseco a nós os humanos; temos que compreender que a marca muda a percepção do objeto sobre o homem, criando novas cognições. Por isso vemos que: "As pessoas tem necessidade de usar um par de tênis, mas elas não tem que necessariamente que comprar um Nike (marca) é isso em parte que o design faz, mudar a motivação cognitiva."

Como vivemos em uma sociedade de capital individual, ou seja, tudo é vendido para o indivíduo e não para o coletivo, embora grandes esforços com novos modelos econômicos como a economia colaborativa, criativa, mista, industrial 4.0, compartilhada e multimoedas tentam minimizar essa lógica, sabemos que o ser humano tem a necessidade de ser único, diferenciado, embora tenhamos alguns aspectos coletivos - por esses motivos é que vivemos em sociedade - já a vontade de ter o objeto é intrínseco e torna-se impossível não desejá-lo  principalmente no mundo urbano, uma vez que ela gera impulsos e cria uma massa sedenta por produtos, já que a oferta de escolha é muito maior, pois há uma grande variedade de opções que tentam capturar a atenção e atrair o consumidor criando a diferenciação.

O humano não pode portanto, desvencilhar-se do objeto, bem como o objeto não existe sem a vontade e a necessidade humana. A grande diferença é nos dias atuais com emprego de novas tecnologias, podemos portanto, aprimorar cada vez mais os objetos lapidando a cultura material para um novo tipo de sociedade de consumo, é isso que o design faz, não apenas entender a relação de consumo entre o homem e objeto para aumentar o consumo, mas criar um novo modelo, uma nova realidade ( consumo x ecossistema de produção e demanda).

Antes o design era visto apenas com uma mera ferramenta que ajudava  melhorar produtos, aumentar a vendas e elevar os lucros (até meados dos anos de 1960) , mas o design proporciona quebrar regras, fazer rupturas não só de objetos mas também de pensamento, modelos de negócios e realidade, pois o design tem como premissa quebrar as regras e correr riscos para fomentar novos ideais, projetando sempre o bem estar e o equilíbrio entre o homem e a natureza. (Jonh Maeda)

"O homem carrega o peso do mundo as suas costas, através do senso, percepção e impulso, o que muda a lógica é a cognição."

- Roger Mafra

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